Sistema Endócrino ou Hormonal

• DEFINIÇÃO

O sistema endócrino é conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e que irá atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo. Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente, o sistema nervoso interage com o endócrino, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Os hormônios influenciam praticamente em todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.





• HIPÓFISE

A hipófise é um órgão pequeno, tendo no homem o volume de uma pequena noz, pesando por volta de 0,6g; situa-se no interior da caixa craniana, numa depressão óssea chamada sela túrcica.
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles:

• Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.
• Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)
• Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
• Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).



• HIPOTÁLAMO

O Hipotálamo é composto de várias áreas na base do cérebro. Ele tem o tamanho de uma ervilha (cerca de 1/300 do peso total do cérebro), mas é responsável por alguns comportamentos muito importantes para o indivíduo. Uma das funções do Hipotálamo é o controle da temperatura corporal, funcionando como um "termostato". Assim, se a temperatura corporal estiver alta, o Hipotálamo faz com que os capilares que passam pela pele aumentem de diâmetro, permitindo que o esfriamento do sangue. O Hipotálamo também controla a hipófise, que por sua vez controla o sistema endócrino.

Funções:

• Temperatura Corporal;
• Emoções;
• Fome;
• Sede;
• Ritmos Biológicos.




• TIREÓIDE

A tireóide é uma pequena glândula com formato de borboleta. Ela se encontra ao longo da base do pescoço, na frente da traquéia.

A glândula tireóide produz diversos hormônios que são coletivamente denominados de hormônios tireoidianos. Esses hormônios circulam pela corrente sangüínea a todos os tecidos do corpo, e desempenham um importante papel nas células, nos tecidos e nos órgãos do corpo humano.

Se a tireóide não estiver funcionando corretamente, ela pode produzir muito hormônio tireoidiano, o que faz com que os sistemas do corpo se acelerem. Tal fenômeno é chamado de “hipertireoidismo”. Ou então uma glândula tireóide com mau funcionamento pode produzir pouco hormônio tireoidiano, o que faz com que os sistemas do corpo reduzam sua atividade, o que se denomina de “hipotireoidismo”.

O hipotireoidismo não tratado pode gerar sintomas tais como fadiga, ganho de peso, depressão ou intolerância ao frio, além de níveis de colesterol aumentados, doença cardíaca e infertilidade.




• PARATIREÓIDES

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas. O paratormônio estimula a atividade osteolítica (destruidora do cristal do osso) dos osteoclastos e a osteólise osteocítica (reabsorção de cálcio e fosfato em osso ainda não mineralizado)aumenta a absorção de vitamina D e absorção intestinal de cálcio, o que se traduz num incremento rápido e sustentado da quantidade de cálcio no sangue.



• TIMO

O timo é um
órgão linfático pertecente concomitantemente a dois sistemas: imunológico e hormonal. Está localizado, no corpo humano, na porção antero-superior da cavidade torácica. Limita-se, superiormente pela traquéia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum, lateralmente pelos pulmões e inferior e posteriormente pelo coração. Ao longo da vida, o timo involui (diminui de tamanho) e é substituído por tecido adiposo nos idosos, o que acarreta na diminuição da produção de linfócitos T.





Anatomia

Externamente, o timo é envolto por uma cápsula de
tecido conjuntivo, de onde partem septos que dividem o órgão em numerosos lóbulos. Cada lóbulo apresenta uma capa, o córtex, que é mais escura, e uma polpa interior, a medula, que é mais clara. A zona cortical, mais periférica, é onde se encontram pró-timócitos, timócitos e linfócitos.





Fisiologia

Em termos fisiológicos, o timo elabora várias substâncias: timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico circulante. A
timosina mantém e promove a maturação de linfócitos e órgãos linfóides como o baço e linfonodos. Existe ainda uma outra substância, a timulina, que exerce função na placa motora (junção dos nervos com os músculos) e, portanto, nos estímulos neurais e periféricos, sendo considerada grande responsável por uma doença muscular chamada miastenia grave.

Curiosidades

A palavra timo tem origem do grego thúmon: alma, espírito, coração, emoção, afetividade, e também excrescência carnuda, moleja de vitelo e cordeiro.
A cor do timo é variável, vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida e tornando-se depois, amarelada.

Por ocasião do nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho até a puberdade, 15 anos, quando alcança um peso máximo de 20 a 50g. Daí por diante, sofre atrofia progressiva até pouco mais de 5 a 15g no idoso. Essa involução etária é acompanhada por substituição do parênquima tímico por tecido fibroadiposo. O ritmo de crescimento tímico na criança e de involução no adulto é extremamente variável e, portanto, difícil determinar o peso apropriado para a idade. Contudo, mesmo atrofiado, o timo continua a exercer sua função protetora, com a produção complementar de anticorpos, mesmo que nesse período seu desempenho já não seja vital, pois há uma compensação pela proteção imunológica conferida pelo baço e nodos linfáticos, ainda imaturos nos recém-nascidos.

Em termos fisiológicos, o timo elabora uma substância, a timosina, que mantém e promove a maturação de linfócitos e órgãos linfóides como o baço e linfonodos. Reconhece-se ainda, a existência de uma ou outra substância, a timina, que exerce função na placa mioneural (junção de nervos com músculos) e, portanto, nos estímulos neurais e periféricos, sendo responsáveis por doenças musculares.

A hipoplasia adquirida é uma conseqüência normal do envelhecimento, porém pode aparecer bruscamente no jovem como resultado de estresse profundo, má nutrição ou irradiação, e após o uso de medicamentos citotóxicos ou glicocorticóides.

• Supra-renais

As glândulas supra-renais, que têm um comprimento de cerca de 5 centímetros, estão localizadas na
cavidade abdominal, anterosuperiormente aos rins. Encontram-se ao nível da 12ª vértebra torácica, e são irrigadas pelas artérias supra-renais.



Anatomia

Cada glândula é composta por duas regiões histologicamente distintas, que recebem aferências moduladoras do sistema nervoso.
• Córtex - Parte externa da glândula, com cor amarelada devido a grande quantidade de colesterol aí encontrada. Tem origem embrionária na mesoderme. Subdivide-se em três regiões, devido à diferença de aspecto histológico:
♦ Zona glomerulosa (mais exterior) - Apresenta cordões celulares dispostos em arcos.
♦ Zona fasciculada (localização intermédia) - As células dispõem-se em cordões paralelos entre si, e perpendiculares à cápsula da glândula.
♦ Zona reticulada (mais interna) - Apresenta cordões de células arranjadas em forma de rede, e é ricamente vascularizada.
• Medula - Parte interna, de cor vermelho escuro ou cinza. Deriva da crista neural. As suas células secretoras são poliédricas e dispostas em rede.




Fisiologia

Basicamente a medula secreta adrenalina e noradrenalina que são classificadas como neuromediadores
Já a córtex, importante glândula endócrina, produz e secreta dezenas de hormônios. Todos os hormônios secretados por este tecido são sintetizados a partir do colesterol e pertencem, portanto, ao grupo dos hormônios esteróides.
Os diversos hormônios produzidos pela córtex da adrenal, de acordo com seus efeitos, são divididos em grupos:
• Mineralocorticóides: atuam no metabolismo de minerais, principalmente no controle dos íons sódio e potássio. O principal mineralocorticóide, responsável por pelo mentos 95% da função mineralocorticóide da supra-renal, é o hormônio aldosterona. Outros mineralocorticóides bem menos importantes são: desoxicorticosterona e corticosterona.
• Glicocorticóides: atuam no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. O principal hormônio deste grupo é o cortisol.
• Androgênios: produzem efeitos masculinizantes, semelhantes àqueles produzidos pela testosterona, secretada em grande quantidade pelas gônadas masculinas.


• ALDOSTERONA

Principal mineralocorticóide, controla os níveis plasmáticos dos íons sódio e potássio. Exerce seu efeito no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a reabsorção de sódio e a excreção de potássio. Um aumento na secreção de aldosterona, pela supra-renal, promove nos túbulos renais um aumento na reabsorção de sal e água. Um aumento na reabsorção de sal e água promove, como consequência, um aumento no volume do líquido no compartimento extra-celular. Isto faz com que ocorra um aumento no volume sanguíneo e no débito cardíaco. Como consequência ocorre também um aumento na pressão arterial.




• PÂNCREAS

Em humanos, o pâncreas é um órgão longo com 15-25 cm que se localiza no
abdômen. Sendo um dos órgãos retroperitoneais, ele é localizado posteriormente ao estômago e está em associação próxima ao duodeno.É um órgão do sistema digestivo e endócrino (dos animais vertebrados). Ele é tanto exócrino (secretando suco pancreático que contém enzimas digestivas) quanto endócrino (produzindo muitos hormônios importantes, como a insulina, glucagon e somatostatina). O seguinte blog visara a respeito de seu papel endocrinológico no organismo.



1: Cabeça do pâncreas;
2: Processo uncinado do pâncreas;
3: Corte ângular do pâncreas;
4: Corpo do pâncreas;
5: Superfície anterior do pâncreas;
6: Superfície inferior do pâncreas;
7: Margem superior do pâncreas;
8: Margem anterior do pâncreas;
9: Margem inferior do pâncreas;
10: Tubo omental;
11: Cauda do pâncreas;
12:
Duodeno.

Anatomia

O pâncreas é um órgão que contém dois tipos básicos de tecido: os ácinos, produtores de enzimas digestivas, e as ilhotas, produtoras de hormônios. O pâncreas secreta enzimas digestivas ao duodeno e hormônios à corrente sangüínea. As enzimas digestivas são liberadas das células dos ácinos e chegam ao ducto pancreático por vários canais. O ducto pancreático principal une-se ao ducto biliar comum no esfíncter de Oddi, onde ambos drenam para o interior do duodeno.
Os três hormônios produzidos pelo pâncreas são a insulina, que reduz o nível de açúcar (glicose) no sangue; o glucagon, que eleva o nível de açúcar no sangue; e a somatostatina, que impede a liberação dos dois outros hormônios.







• INSULINA

Facilita o transporte da glicose para dentro das células, especialmente as musculares e dos tecidos conectivos; sua principal função é reduzir a quantia de glicose circulante no sangue. Mas também está envolvida no metabolismo de proteínas e gorduras. É produzida pelas chamadas células beta. Quando o pâncreas tem um funcionamento defeituoso, impede que esse hormônio, possa chegar ao sangue; por isso não há combinação de oxigênio com a glicose, a qual permanece inalterada aumentando sua quantidade e provocando, como conseqüência, a diabetes.

• GLUCAGON

Promove a quebra do glicogênio hepático em glicose (glicogenólise) e a gliconeogênese. Ambos os processos aumentam os níveis de glicose plasmática.

• EFEITOS DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO

Durante o exercício (mais de 30 min.), os níveis de insulina tendem a cair, apesar da concentração de glicose manter-se relativamente constante. Pesquisas têm demonstrado que o número ou a eficiência dos receptores de insulina aumentam durante o exercício, aumentando a sensibilidade à insulina.
O glucagon, por outro lado, mostra um gradual aumento, para manter a concentração de glicose no sangue.

• SOMATOSTATINA

A somatostatina é um
hormônio protéico produzido pelas células delta do pâncreas, em lugares denominados Ilhotas de Langerhans. Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e inibe a secreção da insulina e glucagon. A secreção da somatostatina é regulada pelos altos níveis de glicose, aminoácidos e de glucagon. Seu déficit ou seu excesso provocam indiretamente transtornos no metabolismo dos carboidratos.

• GÔNADAS

As gônadas são glândulas reprodutivas: os testículos e os ovários. O blog irá abordar somente sobre a importância dessas glândulas na secreção de hormônio e sua relação com a hipófise. A parte fisiológica e anatômica será abordada quando se estiver falando de sistema reprodutor.

• HORMÔNIOS SEXUAIS

Os hormônios secretados são geralmente anabólicos, isto significa que promovem anabolismo, a fase construtiva do metabolismo.

• TESTÍCULOS

Os testículos secretam andrógenos, dos quais a TESTOSTERONA é a mais importante. Ela é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas e pela espermatogênese. Ela é também essencial para o crescimento normal, desenvolvimento e maturação do sistema esquelético masculino. Outro papel importante dos andrógenos é o crescimento músculo-esquelético.





Os efeitos andrógenos da testosterona são responsáveis, em parte, pela retenção da proteína muscular e hipertrofia muscular, observados durante o treinamento de força.
A testosterona exógena aumenta a massa muscular esquelética, mas não o tecido conjuntivo e, por desequilíbrio mecânico, podem ocorrer lesões. Além disso, por feedback negativo pode causar o bloqueio da produção de espermatozóides (longo prazo) produzindo esterilidade e alteração das características sexuais secundárias: perda de pêlos, alteração da voz, aumento das glândulas mamárias.
Na puberdade os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária)
O hipotálamo libera FATORES LIBERADORES DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS que fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
O FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos.
O LH estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos gerando características sexuais secundárias e elevação do desejo sexual.



• OVÁRIOS

Os ovários secretam dois tipos de hormônios: ESTROGÊNIO E PROGESTERONA. O estrogênio promove desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas, a fase proliferativa do ciclo menstrual, oogênese (processo biológico onde os gonócitos geram óvulos) e ovulação e muitas mudanças durante a gravidez. A progesterona promove a fase secrecional (lútea) do ciclo menstrual, preparação do útero para gravidez e preparação das mamas para lactação.



O treinamento intenso, pode diminuir muito o percentual de gordura diminuindo a produção de esteróides (estrógeno e progesterona) não ocorrendo o espessamento do endométrio (parede interna do útero) e a menstruação (amenorréia atlética). Também pode ocorrer a esterilidade temporária.
A hipófise nas mulheres, diferente nos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, à medida que começa se a chegar na fase dos quinze anos, ela começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta principalmente o hormônio foliculo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em crescimento; mais tarde, secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual.



Resumindo:

Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer.
Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação.

outubro 27, 2008

Referência bibliográficas

Referencias bibliográficas


O conteúdo apresentado nesse blog trata-se de uma compilação do material apresentado nos seguintes sites:


Gente sem saúde

Guia de referência

Wikipédia/Timo

Hormônios da cortex da supra-renal

Wikipédia/Glândula supra-renal

Fisiologia.ufc.br

Wikipédia/Pâncreas

Jerri Ribeiro/Fisiologia do exercício

Portal São Francisco

Jerri Ribeiro/Gônadas

Wikipédia/Testículo

Anatomia e fisiologia humana

outubro 11, 2008